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sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

O Guia do Mochileiro do Discworld

Já que o Blog é aleatório, hoje vou falar sobre:
1) A série que inspirou o nome e o logo estilosão ali em cima
2) Outra série competamente desligada da anterior, mas igualmente fascinante Este ficará para outro post o_o''

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O GUIA DO MOCHILEIRO DAS GALÁXIAS é uma série de 3 / 4 / 5 livros, escritos pelo inglês Douglas Adams, mas os 3 primeiros são os que estão ligados de forma mais direta no que diz respeito a linha cronológica, personagens principais e coerência dos fatos. Para uma melhor visualização, segue uma imagem com as capas de todas as edições:
Guia - 5 capas
Ordem dos livros:
O GUIA DO MOCHILEIRO DAS GALÁXIAS
O RESTAURANTE NO FIM DO UNIVERSO
A VIDA, O UNIVERSO E TUDO MAIS
ATÉ MAIS, E OBRIGADO PELOS PEIXES
PRATICAMENTE INOFENSIVA

E aqui, a capa original da primeira edição (a da imagem anterior foi alterada para ficar semelhante ao cartaz do filme e é a mais provável de ser encontrada)

Guia capa antiga

O leitor vai perceber que o logo do blog é uma cópia descarada homenagem aos livros em português, baseando-se na fonte utilizada nas capas dos mesmos.

O primeiro livro começa assim:

(trecho retirado do livro com fins de divulgação)

"Muito além dos confins inexplorados da região mais brega da Borda Ocidental desta Galáxia, há um pequeno sol amarelo e esquecido.
Girando em torno deste sol, a uma distância de cerca de 148 milhões de quilômetros, há um planetinha verde-azulado absolutamente insignificante, cujas formas de vida, descendentes de primatas, são tão extraordinariamente primitivas que ainda acham que relógios digitais são uma grande idéia.
Este planeta tem – ou melhor, tinha – o seguinte problema: a maioria de seus habitantes estava quase sempre infeliz. Foram sugeridas muitas soluções para esse problema, mas a maior parte delas dizia respeito basicamente à movimentação de pequenos pedaços de papel colorido com números impressos, o que é curioso, já que no geral não eram os tais pedaços de papel colorido que se sentiam infelizes.
E assim o problema continuava sem solução. Muitas pessoas eram más, e a maioria delas era muito infeliz, mesmo as que tinham relógios digitais.
Um número cada vez maior de pessoas Acreditava que havia sido um erro terrível da espécie descer das árvores. Algumas diziam que até mesmo subir nas árvores tinha sido uma péssima idéia, e que ninguém jamais deveria ter saído do mar.
E, então, uma quinta-feira, quase dois mil anos depois que um homem foi pregado num pedaço de madeira por ter dito que seria ótimo se as pessoas fossem legais umas com as outras para variar, uma garota, sozinha numa pequena lanchonete em Rickmansworth, de repente compreendeu o que tinha dado errado todo esse tempo e finalmente descobriu como o mundo poderia se tornar um lugar bom e feliz. Desta vez estava tudo certo, ia funcionar, e ninguém teria que ser pregado em coisa nenhuma.
Infelizmente, porém, antes que ela pudesse telefonar para alguém e contar sua descoberta, aconteceu uma catástrofe terrível e idiota e a idéia perdeu-se para todo o sempre.
Esta não é a história dessa garota.
É a história daquela catástrofe terrível e idiota, e de algumas de suas conseqüências.
É também a historia de um livro, chamado O Mochileiro das Galáxias - um livro que não é da Terra, jamais foi publicado na Terra e, até o dia em que ocorreu a terrível catástrofe, nenhum terráqueo jamais o tinha visto ou sequer ouvido falar dele.
Apesar disso, é um livro realmente extraordinário.
Na verdade, foi provavelmente o mais extraordinário dos livros publicados pelas grandes editoras de Ursa Menor - editoras das quais nenhum terráqueo jamais ouvira falar, também.
O livro é não apenas uma obra extraordinária como também um tremendo best-seller - mais popular que a Enciclopédia Celestial do Lar, mais vendido que Mais Cinqüenta e Três Coisas para se Fazer em Gravidade Zero, e mais polemico que a colossal trilogia filosófica de Oolonn Colluphid, Onde Deus Errou, Mais Alguns Grandes Erros de Deus e Quem é Esse Tal de Deus Afinal?
Em muitas das civilizações mais tranquilonas da Borda Oriental da Galáxia, O Guia do Mochileiro das Galáxias já substituiu a grande Enciclopédia Galáctica como repositório padrão de todo conhecimento e sabedoria, pois ainda que contenha muitas omissões e textos apócrifos, ou pelo menos terrivelmente incorretos, ele é superior à obra mais antiga e mais prosaica em dois aspectos importantes.
Em primeiro lugar, é ligeiramente mais barato; em segundo lugar, traz impressa na capa, em letras garrafais e amigáveis, a frase NÃO ENTRE EM PÂNICO."

E esse é um conselho que o herói, Arthur Dent, leva algum tempo para aprender, se é que chega a aprender que a melhor maneira de sobreviver é não entrar em pânico e acreditar que é possível sair vivo - ou pelo menos esquecer do contrário. Acompanhado de um alienígena, Ford Prefect, que ficou algum tempo (15 anos) a mais do que planejava na Terra, pois ele é um Mochileiro das Galáxias, um viajante que utiliza-se de poucos recursos para conhecer o máximo possível dos infinitos cantos do Universo, colentado dados para o mais completo livro de viagens que já existiu, o GUIA DO MOCHILEIRO DAS GALÁXIAS. A aventura começa quando, por uma incrível ironia do destino, a Terra é destruída para dar espaço à construção de uma Via Interestelar, e, com exceção de algumas espécies mais inteligentes, Arthur e Ford são os únicos a escaparem do planeta segundos antes de sua destruição.
A série segue com um humor marcante, presente não só nas situações vividas pelas personagens, mas também na própria narração. Douglas Adams devaneia em meio à ação e inclui pequenos trechos que à primeira vista não acrescentam nada à história, mas à medida que o leitor avança na mesma - incluindo nos outros livros - essas "notas" mostram-se detalhes importantíssimos no destino de Arthur e seus amigos; que, além de Ford, são: Trillian - uma humana que havia escapado da Terra meses antes de sua destruição - ; Zaphod Beeblebrox - o presidente da Galáxia, com quem Trillian foi para o espaço e fugitivo procurado pelo roubo da nave Coração de Ouro - e Marvin - um robô com a mente tão complexa e avançada que sua eterna depressão vinda da capacidade de compreender as coisas bem demais é capaz de fazer outros aparelhos eletrônicos se autodestruírem. Juntos, eles vão em busca de planetas lendários, são capturados e quase mortos, assistem ao fim e ao nascimento do Universo, encontram o Criador, entre muitas outras situações no mínimo inesperadas.

O quarto e quinto livros trabalham a história de forma diferente; pode-se dizer que em outro universo. Aqui vai uma opinião pessoal: Como eles não chegam a ser tão bons quanto os três primeiros (tudo que foi escrito acima trata da trilogia inicial) não devem ser lidos logo em sequência. O ideal é deixar uma pausa de alguns meses entre o 3 e o 4 e entre o 4 e o 5.

Os livros não são a única mídia em que O Guia do Mochileiro aparece. Originalmente uma série de rádio, a história foi adaptada e lançada na forma de série na TV britânica, os livros de que o post trata e um filme lançado em 2005, entre outros. Como os livros abrem espaço para a imaginação criar os personagens e efeitos especiais - com orçamento ilimitado mas talvez causando uma leve dor de cabeça em mentes menos exercitadas - fica a sugestão de ir em qualquer livraria e comprar os três primeiros de uma vez. Não são livros caros, já soube até de estarem vendendo-os a R$ 12,00. Para os que compreendem relativamente bem a língua inglesa, a série de rádio pode ser interessante também. Eu não vou colocar links, mas ficarei feliz em ajudar qualquer interessado em conseguir os arquivos de áudio - deixe seu e-mail nos comentários.

Então, já que já estamos no Fim do Universo, vamos aproveitar e dar uma paradinha no Restaurante mais próximo, ler o Guia e nos prepararmos para conhecer mais sobre a vida, o Universo e tudo mais. Assim como uma simples história é praticamente inofensiva, a imaginação pode nos levar a aventuras além dela mesma. E a você que leu todo esse texto:

Até mais, e obrigado pelos peixes
\o